Tuesday, November 3, 2009
SEM PALAVRAS
Brancas, suaves mãos de irmã
Que são mais doces que as das rainhas,
Hão de pousar em tuas mãos, as minhas
Numa carícia transcendente e vã.
E a tua boca a divinal manhã
Que diz as frases com que me acarinhas,
Há de pousar nas dolorosas linhas
Da minha boca purpurina e sã.
Meus olhos hão de olhar teus olhos tristes;
Só eles te dirão que tu existes
Dentro de mim num riso d’alvorada!
E nunca se amará ninguém melhor;
Tu calando de mim o teu amor,
Sem que eu nunca do meu te diga nada!...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
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Boa tarde Ana. Bonito poema. Beijo
ReplyDeleteBom dia Francisco,
ReplyDeleteObrigado pela tua visita.
Jokas
é mto lindo o poema pois pois andas mto poeta hehehehe
ReplyDeletedevem ser efeitos, ahahaaha
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