Wednesday, May 19, 2010

Amar - Florbela Espanca



Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...


Florbela Espanca

Monday, May 17, 2010

Friday, May 14, 2010

A Historia da Menina-Mulher (End)


Passaram-se semanas e Maria já sabia bordar, ainda não fazia um trabalho na perfeição, mas acreditava que um dia ia conseguir e ia realizar o sonho dela. Cada bordado que terminava era uma felicidade para aquela menina, os olhos delas transbordavam de alegria, tinha um brilho como nunca tinha tido.

Aos poucos foi conseguido vender os bordados, não era muito o dinheiro que lhe pagavam, mas ela continuava acreditar que ia conseguir.

Era Dezembro e ela já tinha conseguido juntar o dinheiro para a viagem a sua terra natal, foi então que decidiu pedir a Madre Superior autorização para ir festejar a Noite de Natal com a sua família que já não via há mais ou menos 7 anos.

A Madre ficou muito feliz por ela ter conseguido juntar o dinheiro e prontamente lhe disse que sim. Nesse momento Maria toda ela era felicidade, pulava de alegria como se tivesse recebido o melhor presente da vida dela.

Finalmente chegou o tão esperado dia, Irmã Rosa foi levar a Maria a Estação de Comboios mais próxima, naquele momento ficou assustada, pois nunca tinha andado de comboio sozinha, mas o desejo de abraçar os pais e irmãos era tanto que rapidamente pensou e disse “vou conseguir!!”

Aquela adolescente de sorriso nos lábios, estava ansiosa, mas muito cansada pois teve algumas noites sem conseguir pregar olho, sentou-se e deixou-se adormecer pelo balanço do comboio, Maria quando abriu os olhos, perguntou ao senhor que estava sentado ao seu lado “desculpe, o senhor pode-me dizer aonde estamos?, ao que o senhor lhe responde “menina mais 10 minutos e estamos a chegar a Estação da Campanha”.

Ela não queria acreditar e desatou a chorar “eu queria ir para Espinho, como me deixei adormecer, como? Não posso acreditar e agora como vou fazer? Não tenho mais dinheiro para conseguir regressar!!”; dizia enquanto soluçava sem parar, era dia 24 e não ia conseguir passar a noite de Natal com a sua família.

O simpático senhor ao ver o desespero daquela pobre criatura, tentou acalmá-la e disse-lhe: “tenha calma menina, vamos tentar resolver o seu problema quando chegarmos ao Porto”, ela sorriu e perguntou-lhe “sério"? Acha que vou conseguir ir passar a Noite de Consoada com a minha família???” recebendo um simples piscar de olhos.

Acabados de chegar ao destino, ambos se dirigiram para a Bilheteira e ele pediu um bilhete com destino a Espinho, Maria não queria acreditar que ia conseguir, começava a acreditar que este senhor era um anjo que Deus lhe pôs no caminho. Passaram 15 minutos e Maria começou avistar o comboio que a ia levar de volta a Espinho, o senhor alertou-a para ir com atenção e que perguntasse ao revisor qual a paragem em que havia de sair, e ela assim cumpriu.

Maria não queria acreditar que estava a pisar a sua terra natal, a terra que tinha deixado alguns anos atrás e que ia poder chegar a casa da família e abraçar os pais e irmãos..... “Que saudades!!!” ela não sabia se havia de correr ou caminhar, a ânsia cada vez aumentava mais, o seu pobre coraçãozinho batia forte como senão houvesse amanhã….”Cheguei” fez uma pausa para recuperar forças e questionou-se uma vez mais “desejei tanto este dia, estou a porta e não sei que fazer, será que me vão reconhecer, será que tiveram tantas saudades de mim quantas tive deles?”.

Após uns minutos de pausa, Maria ganhou coragem e decidiu bater a velha porta de Madeira , toc-toc… passaram-se segundos e alguém lhe abriu a porta, perguntando-lhe de seguida “ quem és tu?”, ela tremeu e respondeu “Sou tua irmã, a Maria, não te deves lembrar de mim, quando me fui embora tu ainda eras muito pequenina… e tu senão estou enganada és a Madalena, é verdade não é?” ao que a pequena Irmã lhe respondeu afirmativamente com um simples acenar de cabeça.

Ela não queria acreditar, estava no seu velho lar, na casa que a viu nascer, mas tudo lhe parecia estranho, entrou e dirigiu-se a sala aonde à família se preparava para começar a jantar. Seus pais não queriam acreditar, exultando “Maria és tu? filha que saudades que tivemos de ti, estás grande e linda” acabando por os abraçar, chorando compulsivamente.

Os irmãos não se recordavam dela, a excepcão do Manel, era o que tinha nascido a seguir a ela, Maria sentiu que nada era como dantes, sentiu-se sozinha, perdida e triste, aquele momento que esperava ser um sonho tornado realidade, transformou-se em pesadelo. Os pais não tinham tempo para se preocupar com ela, o tempo já não chegava para os 7 quanto mais para 8. Nem lhes passava pela cabeça os sacrifícios que a filha tinha passado, noites e noites sem pregar olho, sempre a trabalhar para manter uma família que afinal já não a conhecia, os pais só pensavam no dia em que ela tinha que regressar para continuar a sustentar a família.

Os dias foram passando e Maria começou a preparar o seu regresso ao trabalho árduo diário, guardou as poucas roupas que tinha dentro de um saco de serapilheira, dirigindo-se de seguida para a cozinha para almoçar… almoço esse que lhe soube a fel, provavelmente iria estar 7 ou mais anos sem ver a família…. Levantou-se da mesa, dirigiu-se à bacia com água, que existia à porta da cozinha, lavou as mãos e o rosto para tentar disfarçar as lágrimas que lhe corriam pela sua face!!! Maria dirigiu-se novamente à mesa e disse a todos “Bem…” fez uma pausa e com a voz embargada e para poder continuar a falar “está na hora de regressar… regressar ao meu mundo, vocês são a minha família, os pais e irmãos que Deus me deu, mas agora a minha verdadeira família está longe daqui”, limpando as lágrimas prosseguiu “Irei continuar a sustentar a minha família…..nunca vos irei deixar passar fome”, debruçando-se para apanhar o saco do chão e despediu-se de cada um com um beijo e um abraço. Abriu a porta e dirigiu-se à rua, começando a percorrer a longa estrada de terra batida, Maria foi incapaz de olhar para trás e despedir-se da casa que a viu nascer, agora sim tinha a certeza que era uma viagem para não mais voltar!!!


Ana

Thursday, May 13, 2010

A Historia da Menina-Mulher


Maria nasceu no seio de uma família de 8 irmãos, sendo a mais velha das raparigas, seus pais não tinham dinheiro para sustentar os filhos e não tinham tecto para tantos, foi então que decidiram que a filha mais velha com 7 anos de idade teria que ir trabalhar para ajudar a criar os irmãos.

Os pais decidiram deslocar-se à Igreja e conversarem com o Padre da freguesia, prometendo-lhes que ia tentar arranjar alguma coisa para a filha de ambos.

Passaram-se 2 meses e o padre dirigiu-se a casa de Maria para lhes dar a boa nova, ela já podia ir trabalhar, mas para isso teria que ficar longe dos pais e irmãos, ia ajudar as freiras num hospital, mas numa cidade distante da casa dela, dificilmente iria visitar a família.

Maria , com o rosto lavado em lágrimas, despediu-se dos pais e dos irmãos, mas não sabia muito bem o que lhe estava a passar, porque a estavam a separar dos pais e irmãos, foi levada pelo padre para o tal hospital.

Após 3 horas de viagem, finalmente chegou a nova morada, Maria foi recebida pela Madre Superior Lurdes, com um enorme abraço, naquele momento a inocente criança estava assustada e meia perdida. A Madre Superiora tentou acalmá-la e dar-lhe um prato de comida, mas a menina estava tão cansada da longa viagem que acabou por adormecer à mesa durante o jantar.

Após uma longa noite de descanso, Maria acordou e quando abriu os olhos estava uma senhora ao lado dela com um bonito sorriso nos lábios.

Ela julgando tratar-se de um sonho e perguntou “quem és e aonde estou?” A senhora respondeu “sou a Irmã Rosa, e tu vieste viver para o convento, vais ajudar-nos a tratar, limpar e cozinhar, ou seja, vens ajudar-nos nas lidas domésticas do Hospital aqui ao lado”, Maria com um olhar triste e assustado começou chorar e a soluçar, pois já estava com saudades dos pais e dos irmãos, após um forte abraço e beijo da Irmã, Maria acalmou, levantou-se e foi preparar-se para o novo dia da vida dela.

A pobre criança teve que crescer a força, sem nunca ter brincado na vida dela, tornou-se mulher, não teve tempo para brincadeiras nem correrias. Ela ajudava a preparar as refeições, Colocava os pratos, talheres e copos na mesa, arrumava a cozinha, os quartos, ou seja, fazia todo o tipo de trabalhos domésticos.

Passaram-se anos e Maria, já era uma adolescente bonita, com um olhar muito alegre e aprendeu a sorrir e a cada dia que passava lhe dava mais vontade de visitar a família, mas não tinha dinheiro para isso, pois todo o dinheiro que recebia desde os 7 anos de idade era para ajudar os pais a criar os irmãos.

Maria pensou que talvez se conseguisse fazer algum trabalho extra talvez conseguisse arranjar maneira de poder visitar a família.

Foi então que falou com um médico do Hospital que a aconselhou aprender a bordar e tentar vender aos médicos e famílias dos doentes.

Ela sorriu e rapidamente decidiu “vou já a correr falar com a Madre Lurdes e pedir para ajudar a comprar as coisas e vou começar a aprender hoje mesmo”.

(Cont.)

Tuesday, May 11, 2010

Thursday, May 6, 2010

Wednesday, May 5, 2010

O Amante

O céu estava a ficar a abarrotar, então São Pedro resolveu fazer um decreto:
'Para entrar no céu a pessoa deveria ter passado por um dia terrível no dia da sua morte'.

O decreto entrou em vigor imediatamente.

Então, quando a 1ª pessoa chegou, São Pedro perguntou:

- Como foi o seu dia, como é que você morreu?
- Já há muito tempo que eu andava desconfiado que a minha mulher me atraiçoava. Então, resolvi voltar para casa mais cedo e apanhá-la em flagrante. Quando cheguei ao meu apartamento, que fica no 25º andar, minha mulher estava enrolada numa toalha, muito nervosa, e agindo de uma forma suspeita..
Comecei a procurar em todos os cantos da casa debaixo da cama, dentro do guarda-roupa, etc. mas não encontrei ninguém. Eu já estava para desistir de procurar, quando olhei para a varanda e vi um artista pendurado no corrimão.
Transtornado, peguei na vassoura e comecei a bater nas mão dele, até que ele se soltou e caiu do 25º andar. Mas por infelicidade minha, ele caiu sobre um toldo que amorteceu a queda e não morreu. Fiquei com tanta raiva que peguei no que tinha de mais pesado dentro de casa, que era o frigorífico, e atirei-o em cima dele. Só que eu emocionei-me tanto que tive um ataque do coração e morri.

-Realmente o seu dia foi terrível! disse São Pedro: pode entrar!

Cinco minutos depois chegou o 2º candidato à entrada ao céu.
E São Pedro perguntou:

- Como foi o seu dia, como é que você morreu?
- Bem, eu estava a fazer os meus exercícios diários na varanda do meu apartamento, no 26º andar, quando escorreguei e caí.
Por sorte, consegui segurar-me ao corrimão do apartamento abaixo do meu (25º andar). Já estava quase a conseguir levantar-me, quando apareceu uma mulher enrolada numa toalha e um maluco começou a bater nas minhas mãos com um cabo de vassoura, então caí. Mas como um toldo amorteceu a minha queda, não morri. E lá estava eu todo dorido tentando levantar-me, quando o mesmo maluco atirou um frigorífico em cima de mim.

São Pedro começou a rir e disse:

- Já entendi tudo. Pode entrar!
Depois de mais cinco minutos, chegou o 3º candidato. E como de costume, São Pedro perguntou-lhe:
- Como foi o seu dia, como é que você morreu?

E o rapaz meio tonto respondeu:
- Olhe, o senhor nem vai acreditar... eu estava todo nu dentro de um frigorífico, e até agora não percebi o que me aconteceu.

Monday, May 3, 2010

Nao Penses Que Me Esqueci :)

E melhor esperar sentada para nao me cansar ahahahah

Sunday, May 2, 2010

Feliz Dia das Maes


Mae


Tu foste e seras a melhor mae do mundo, cada dia que passa as saudades nao cabem no meu peito, dava tudo para ter ao meu lado.Foste e seras sempre a melhor mae do mundo, ensinaste-me valores e a amar, hoje sou mae e entendo o quanto sofreste para me criar e educar, tornar a mulher que hoje sou, tanta vez que te escondi coisas, nao porque quisesse, mas para nao te fazer sofrer.
Estou-te grata por tudo o que me deste e ensinaste, principalmente muito Amor!!!
Queria poder abracar-te e beijar-te mas a distancia que nos separa e muita, mas daqui pouco ja vais estar aqui juntinho a mim, ja estou a comecar a fazer a contagem decrescente para te poder beijar e abracar.


Beijinhos mae
Amo-te muito!!!

Ana